quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Recebi esta breve análise acerca de minha personalidade, gratidão Paulo André.


Não me creio muito bem em análise psicológica, que aliás, não é minha área, e por isso me sinto acanhado para lhe mandar estas anotações que rabisquei acerca da tua personalidade. Mas vamos lá:

Você não é triste. E isso é uma constatação óbvia. Escrever coisas que possam parecer a um leitor desavisado (e distante) como sendo de tristeza não a caracteriza como tal. E além disso, você irradia uma energia muito bacana. E isso é legal.
Você busca a felicidade em pequenos momentos e detalhes. Até aí tudo bem, todo mundo quer ser feliz... Mas a diferença é que vc na maioria das vezes valoriza os pequenos detalhes que fazem grande uma vida. E aliás, a felicidade não é um lugar onde se chega, mas a forma de se chegar lá. Concordo contigo que não existe “a felicidade”, mas “momentos felizes”. E se a vida da gente é de altos e baixos, vamos aproveitar ao máximo os altos, para ter força na hora da adversidade.
Você é autêntica. Eu gosto disso. Talvez não seja tanto quanto vc gostaria, mas está bem acima da média. Parece-me que frequentemente costuma falar o que pensa, e ser objetiva, direta, sem rodeios, e isso é legal. Detesto gente só fala em entrelinhas, que não tem clareza nas idéias e na comunicação. Risco: pessoas autênticas colecionam muitos inimigos.


Você demonstra uma personalidade forte, transmite essa idéia e faz questão disso. Você choca as pessoas com sua sinceridade, na esperança de que muitas desistam de se aproximar, ou se afastem e só fique quem realmente “vale a pena”. Ou, como vc mesma diz, “só fique quem se esforce para continuar”. Tenho que admitir, vc às vezes assusta, com sua sinceridade (não sei se calculada, ou não).
Você não tem medo de se mostrar como é e isso é uma qualidade e tanto. Mas cuidado, quanto mais vc se expõe, mais se fragiliza!
Você é um pouco insegura, por dentro da dura concha. Lembre-se que todo mundo é um tanto quanto inseguro, e não deixe o medo de tomar decisões te dominar.
Busca algo desesperadamente (identifica como a felicidade?). Aqui cabe uma ressalva: a história da humanidade é uma história de buscas, de procuras. Todo mundo busca algo, mesmo que não saiba exatamente o quê, e isso move o mundo. Mas é que no teu caso, a “procura” se torna uma obsessão (parece-me), como uma forma de achar algo que faça sua vida valer a pena, e de suprimir certas mágoas. Você se sente pequena e frágil. A boa notícia é que nossa natureza é assim mesmo, totalmente incompleta. Isso pode nos aproximar de DEUS, quando lembramos que “o SEU poder se aperfeiçoa na nossa fraqueza” (2Co 12.9).
Tem medo se magoar, de repetir algumas dores já sofridas. Lembre-se que a gente não pode mudar o passado, mas pode construir um futuro diferente. Use a sua experiência de vida como forma de maturidade, não de paralisia. O medo pode ser um fator de crescimento, se aprendermos a respeitá-lo e não nos deixarmos dominar por ele. Eu sei que é mais fácil falar, mas basicamente, não deixe que o medo dirija suas escolhas.
Se acostumou com a idéia de que tem vocação solitária, qdo na verdade isso não é verdade. O ser humano não foi feito para viver sozinho, é contra nossa natureza. Ficar sozinho às vezes é bom, mas ter alguém legal para compartilhar momentos é uma experiência muito prazerosa.
Aqui eu faço uma modesta crítica. Cultive a sua vida, paralelamente à da sua Yasmim. Ela precisa de vc, e deve ser sua prioridade, mas vc também precisa investir um pouco em vc, e isso não é egoísmo. Sabe por quê? Por que se vc investe em vc, vai melhorar sua auto estima, e a Yasmim vai sentir isso, e vai fazer muito bem para ela.
Mantém-se armada e na defensiva. Aqui eu entendo vc, afinal o mundo é mal, as pessoas são cruéis e no menor vacilo alguém nos puxa o tapete. Entretanto, não dá para ficar o tempo todo esperando um golpe baixo. Em algum momento, a gente precisa confiar em alguém, em algum momento, a gente precisa baixar a guarda. Pense nisso.
Deixa de aceitar muitos desafios pq não se sente preparada, qdo na verdade isso é uma utopia. A gente nunca vai estar preparado para nada nessa vida. A pessoa nunca vai “estar preparada” para lutar por aquele emprego que almeja, nunca vai “estar preparada” para se aproximar de alguém com quem gostaria de se relacionar, nunca vai “estar preparada” para assumir um compromisso mais sério com DEUS, etc., etc, etc. E isso porque estamos em construção, e só estaremos completos e acabados naquele dia, na glória celestial.
Tem fé em Deus, mas se sente frágil, deseja conhecer mais e crescer espiritualmente. Não apenas se sinta frágil, mas tenha certeza de que o é. É nossa natureza, e beleza da graça de DEUS é nos amar, apesar de nós mesmos.
Você se acha mto pecadora? Bem vinda ao clube. A gente sempre acha que precisa merecer a graça de DEUS, quando na verdade não há nada que vc possa fazer para que ELE te ame mais, ou menos. ELE te ama, simplesmente porque ELE te ama, e ponto final. ELE apenas espera que vc se aproxime dele, e o deixe inundar sua vida.

Como diz o Brennam Manning:
“O evangelho maltrapilho foi escrito para os dilapidados, derrotados e exauridos.
Ele é para os sobrecarregados que vivem mudando o peso da mala pesada de uma mão para outra.
É para os vacilantes de joelhos fracos que sabem que não se bastam de forma alguma e são orgulhos demais para aceitar a esmola da graça admirável.
É para discípulos inconsistentes e instáveis, cuja azeitona vive caindo para fora da empada.
É para homens e mulheres fracos, pecaminosos com falhas hereditárias e talentos limitados.
É para vasos de barro que arrastam pés de argila.
É para os recurvados e contundidos que sentem que sua vida é um grave desapontamento para DEUS.”

Na verdade acho que isso sintetiza a nossa relação de pecador com o DEUS do evangelho da graça, o tal “evangelho maltrapilho”. Por isso, se vc se sentir pecadora, lembre-se que reconhecer-se como tal é o primeiro passo para alcançar a graça do PAI.

Acerca do que escrevi, ressalto que não quis apontar defeitos, exaltar qualidades ou ser invasivo. Trata-se de alguns apontamentos despretensiosos, baseados no muito pouco que te conheço, ou que li, no blog.


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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

As máscaras sempre caem.