sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Depois de ser mãe...


Ainda é cedo, bem cedo...mas olho para a minha filha e tento decidir o que lhe dizer quando chegar a hora. Eu quero que ela saiba o que nunca irá aprender no curso de preparação para o parto. Eu quero dizer-lhe que as feridas físicas de dar à luz, essas com o tempo saram, mas tornar-se mãe vai deixar uma ferida emocional tão exposta que a vai deixar para sempre vulnerável.
Penso em dizer-lhe que nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar “E se fosse o MEU filho?”. Que por cada acidente de avião, por cada incêndio, cada violência se sentirá assombrada. Que sempre que vir fotos de crianças a morrer à fome, se vai perguntar se existe alguma coisa pior do que ver um filho morrer.
Olho para as suas unhas com manicure impecável, o seu casaco último modelo, e penso que não importa o quão sofisticada ela seja agora, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege o seu filhote. Que um grito urgente por “Mãe!” fará com que ela deixe cair o melhor doce na melhor taça, sem hesitar por um instante.
Eu sinto que a devo avisar que não importa quantos anos ela investiu na carreira, pois irá com certeza sentir-se arrancada desse caminho pela maternidade. Ela até pode conseguir vaga no melhor colégio em prol de voltar ao trabalho, mas irá entrar numa reunião importante e só irá conseguir pensar no cheiro do seu bebé. Vai ter de usar cada milímetro da sua disciplina e auto-controle para evitar sair do trabalho a meio do dia, apenas para ter a certeza que o seu bebé está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que as decisões do dia a dia deixarão de ser coisas de rotina sem importância. Que a decisão de um menino de 5 anos ir à casa de banho dos homens ou à das mulheres, no McDonalds’s, pode ser um grande dilema. Que no meio de bandejas barulhentas e crianças a gritar, questões de independência e gênero serão pensadas tendo em conta a possibilidade de que um pedófilo possa estar na casa de banho à espera.
Não importa o quão assertiva ela seja no trabalho, como mãe estará constantemente a questionar-se.
Ao olhar para a minha filha, eu quero assegurá-la de que os quilos a mais da
gravidez, ela eventualmente vai acabar por perder, mas jamais voltará a sentir o mesmo sobre si mesma. Que a VIDA dela, hoje tão importante, será relativa quando tiver um filho. Que a daria num segundo para salvar a sua cria, mas que começará a desejar mais anos de vida – não para realizar os seus sonhos, mas para ver os seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela saiba que a cicatriz da cesariana ou as estrias se vão tornar medalhas de honra.
Que o relacionamento da minha filha com o marido vai mudar, mas não da forma que ela pensa. Ela vai descobrir que se pode amar mais um homem que tem cuidado ao passar o creme no bebê ou que nunca hesita em brincar com o seu filho. Eu acho que ela devia saber que se pode voltar a apaixonar por ele por razões totalmente diferentes das iniciais e que na altura até não ia achar nada românticas.
Eu queria que a minha filha pudesse perceber a ligação que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, com os preconceitos, com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender agora porque é que eu penso de forma racional para a maioria das coisas, mas que me descontrolo quando discuto a ameaça das guerras nucleares para o futuro dos meus filhos.
Eu quero descrever à minha filha a enorme emoção de ver um filho aprender a andar de bicicleta.
Eu quero que ela sinta a gargalhada deliciosa de um bebê que toca, pela primeira vez no pêlo macio de um cão ou gato. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer.
O olhar estranho da minha filha faz-me perceber que tenho lágrimas a cair pelo rosto.
- Não te vais arrepender nunca! - digo finalmente. Então estico a minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram, no seu caminho, este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus, que é ser Mãe."


Minha vida.




Obrigada por estar sempre presente em minha vida e ser minha luz nas horas das minhas dúvidas, obrigada por ser minha companheira, minha grande amiga.

Minha menina linda, minha criança doce, meiga, forte.  Vc supera os obstáculos
com simplicidade e otimismo.

Obrigada filha,
por ter me ensinado a importância do amor.

Jak.


Mais um do Poeta ( Fê)

Tens no rosto uma beleza genuína
Traços de uma mulher em construção
Atrelados à singeleza de uma menina
Tens no nome o sabor dos deuses
E o mistério mais perfeito do paraíso
Mel eu vou repetir todas as vezes
Que adorar-te é sempre preciso!
Tens no corpo um traço indígena
Uma coisa mágica que só o poeta enxergou
Tu tens o formato ideal
De todos os sonhos do Amor
Tu tens uma negritude nos teus olhos castanhos
Que aos corações desertores causa furor
Porque já não pode ser mais estranho
Comparar você a inocência do Amor...

...


Fui ali.
Caminhar, voar, dançar, sonhar...
N'outro mundo,

...talvez eu volte
Talvez não.

Jak de Oliveira
:))

Só alegria, amo vc.

















Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus;
e pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo; que, sendo moça pensa como uma anciã e, sendo velha , age com as forças todas da juventude;
quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças;
pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;
forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;
viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam, e, morta tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.

Festa Junina SESC.

Minha filha linda.