terça-feira, 26 de agosto de 2008


Então arranca,

e se consegues, me espanca,

mas deixa minh'alma livre,

deixa minha vida solta

porque não pertenço a ninguém !

Sou como brisa fria em fim de ventania

a congelar em céus de louçanias,

e se tu me amarras eu grito

pois presa é que não fico !

Então me pega,e se puderes,

me levamas um aviso te dou:

nem amarrada, vou nem amordaçada,

calo e tudo o que eu quiser, falo !

Sou folha solta ao vento,

sou alma sem alento

e viva, a minha vida eu levo

e só a Deus é que me entrego !

Não exija, não grite e não arranque,

não tome, não pegue e não roube,

não minta, não julgue ou consinta

apenas permita que minha vida,

apenas eu,

viva!


Alice Barollo, no blog Alice no País do Pensamento.

Um comentário:

João Esteves disse...

Brancaflor, cheguei aqui pela URL que lhe pedi. Obrigado por fornecer. Não tenho controle dos lugares (são muitos, em muitos países, inclusive) aonde chego eletronicamente quase todos os dias. Achei maravilhoso o poema deste post. Não o conhecia.
Espero visita sua, está bem?